Combate a incêndio em tanques de tratamento térmico


Última atualização: 03/10/2023 às 13h
Tempo de leitura: 3 minutos

Combate a incêndio em tanques de tratamento térmico

Quando projetamos sistemas de combate a incêndio para tanques com líquidos combustíveis ou inflamáveis, encontramos amparo normativo sem grandes dificuldades, em normas de diferentes filosofias de combate a incêndio.

Infelizmente, em tanques com óleo para tratamento térmico, quando acrescentamos ao cenário uma peça incandescente que acabou de sair de um forno à 850ºC e um defeito no transportador faz com que a peça fique apenas parte submersa, ocasionando um incêndio, é escassa a literatura disponível.

Esta falta de parâmetros normativos pode induzir o projetista a um erro que pode vir a custar vidas, avaliando algum cenário mais otimista, onde nos deparamos apenas com o combate a incêndio na superfície do óleo.Porém, sabemos que o cenário catastrófico descrito acima pode ocorrer no dia a dia de uma indústria que trabalha neste nicho.

Neste caso como devemos agir e que tipo de sistemas utilizar?

Após uma análise do caso, a equipe da Bucka desenvolveu um estudo com três soluções que poderiam ser aplicadas para proteção de tanques de óleo de tratamento térmico.

1º – Sistema fixo de espuma

Ao nos depararmos com um tanque de óleo, intuitivamente direcionamos o estudo para os sistemas de espuma, com vasta aplicação em combate a incêndios de classe B.

Podemos consultar a NFPA 11, onde encontraremos taxas e tempos de aplicação para proteção de óleos lubrificantes (quenchluboil), mas devemos nos lembrar que nesses casos, possuímos peças em altíssimas temperaturas e muitas vezes com grandes volumes.Este fato torna o combate mais complexo, pois o colchão de espuma é facilmente queimado e a peça não será resfriada com facilidade. Infelizmente a NFPA não descreve como devemos agir nestas situações, nos obrigando a buscar outras formas de solucionar o problema como, aumentando consideravelmente as vazões de trabalho e realizando testes de eficiência no sistema. Vale lembrar que nesses casos o usuário também deseja proteger seu equipamento, de forma que o parâmetro mínimo para controlar o sinistro pode não ser a solução desejada pelo cliente.

2º – Sistema fixo de CO2

Quando não há acesso a uma rede de hidrantes ou possuímos um volume protegido relativamente pequeno, podemos avaliar a aplicação de um sistema de CO2.

A norma NFPA 12 também prevê e regulamenta técnicas de combate a incêndio de superfície para líquidos inflamáveis, assim como a NPFA 11, mas iremos cair no mesmo problema, não é previsto pela norma uma peça quente, como fonte de calor,no meio do tanque protegido.

Neste caso, podemos pesquisar e também não encontraremos muitas literaturas discorrendo sobre o assunto que nos dê um amparo teórico esclarecedor. O caminho que nos resta é dimensionar o sistema conforme a norma e extrapolarmos as vazões e tempos de combate e após tudo isto, realizarmos um teste de descarga simulando a situação, de forma que garanta a eficiência do sistema.

3º – Sistema fixo de water spray

Entendemos que o sistema menos obvio para esta aplicação é o sistema de water spray, afinal, aplicar água no óleo quente pode gerar acidentes. Mas em casos específicos como este, o óleo não está entrando em combustão espontânea, mas sim devido a uma fonte de calor em temperaturas altíssimas. Neste caso, conforme a NFPA 15, podemos utilizar o water spray para realizar o resfriamento da peça e não o combate no óleo, mas desde que a temperatura de trabalho do óleo esteja abaixo da temperatura de evaporação da água, normalmente 100ºC. Porém como já vimos nos exemplos anteriores, está situação muito especifica gerada pelo processo de tratamento térmico não é prevista pela norma.

Para este caso, também recomendamos a aplicação de espuma na superfície do óleo em conjunto ao resfriamento da peça, combatendo os dois riscos simultaneamente.

Conclusão

Ao analisarmos as hipóteses sugeridas acima, fica claro que o combate a incêndio em tanques de tratamento térmico não é uma atividade trivial e não existe uma receita que podemos seguir tranquilamente para esta aplicação, mas sim com estudos de caso que devem ser elaborados criteriosamente e com muito empenho.

Em caso de dúvidas a equipe da Bucka fica à disposição para desenvolvermos soluções em conjunto. Com décadas de experiência acumulada em desenvolvimento de técnicas e equipamentos para o combate a incêndio, sempre visando salvar vidas e patrimônio.

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