Sistemas de proteção contra incêndio em museus


Última atualização: 03/10/2023 às 13h
Tempo de leitura: 2 minutos

incêndio que comprometeu o acervo do bicentenário Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018, colocou em evidência a precariedade geral dos sistemas de prevenção e combate a incêndio em museus no país.

A tragédia que quase destruiu o maior museu do Brasil fez com que fatores tais como falhas em projetosfalta de treinamento e de investimentos em sistemas de prevenção e combate a incêndio em locais ganhassem a atenção da mídia, do governo e da sociedade.

Esse incêndio mostrou que, mais do que realizar as vistorias obrigatórias pelo Corpo de Bombeiros, espalhar extintores e mangueiras de incêndio pelos espaços, e manter equipes de bombeiros civisbrigadistas, é preciso pensar em toda a estrutura do local. Nesse aspecto, vale sabe, que a Unesco estabelece como função primária dos museus a preservação do patrimônio, incluindo “a análise de risco e o desenvolvimento de capacidades de prevenção e de planos de emergência”.

Mas por onde começar um sistema de proteção contra incêndios em museus?

A primeira medida que geralmente se leva em consideração é dotar o museu dos equipamentos necessários para a extinção do incêndio, mas há etapas que devem acontecer antes disso. Para ajudar profissionais envolvidos na atividade, listamos os primeiros passos para a proteção contra incêndio em museus:

  1. Os responsáveis pela segurança do museu e pela gestão do acervo devem trabalhar juntos, já no planejamento. Isso porque, ao mesmo tempo que se projetam medidas como instalação de detectores de fumaçaalarmes e sprinklers, e sistemas de compartimentação de salas com portas corta-fogo, é preciso cuidar para que a intervenção na arquitetura do local – sobretudo se for um prédio tombado ou outra construção histórica – seja mínima.
  2. Deve-se ter em mente duas diretrizes: a segurança das pessoas e a mitigação de danos. Não se trata apenas de comprar extintores e mangueiras de incêndio, cumprir exigências do Corpo de Bombeiros, contratar bombeiros civis e formar brigadistas: é fundamental ter um plano de segurança, controle de fumaça, evacuação atendimento imediato a possíveis vítimas.
  3. O planejamento de um sistema de proteção contra incêndio passa também, é claro, pela análise de estrutura. Novos prédios já são construídos seguindo modernas diretrizes de prevenção de incêndio, mas museus antigos apresentam desafios tais como fiação elétrica desgastada e muita madeira na construção. É preciso mapear todas as estruturas e peças com maior potencial de alastramento de fogo.
  4. É fundamental investir em monitoramento. Um exemplo é o sistema de alarmes e detectores de fumaça do Museu de História Natural de Paris, integrado a uma sala de controle automatizada e monitorado ininterruptamente.
  5. É preciso criar uma cultura de prevenção. Na realidade brasileira, em que museus mal conseguem abrir as portas, os passos anteriores parecem uma utopia. Porém, quando lembramos que negligenciar um sistema de proteção contra incêndios em museus significa colocar vidas e o registro histórico de um país em risco, não há tecnologia ou iniciativa que pareça cara demais.

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